quinta-feira, 1 de abril de 2010

Noite escura. Sofrendo “sozinho” no jardim.

"Disse-lhes então: 'A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem comigo'." Mateus 26:38


Impossível voltar no tempo e reviver com Jesus esta noite tão difícil.

Mas penso constantemente em Jesus naquela noite onde se intensificaram os seus sofrimentos em favor de todos aqueles que querem de coração, e algumas poucas imagens surgem em minha cabeça.

Imagino uma quinta-feira à noite. A escuridão e o silêncio invadem aquele jardim chamado Getsêmani (que significa prensa de azeite). Jesus olha a sua volta e aqueles que acompanharam ele tanto tempo não estavam ali, junto com ele.

Ele teria que passar sozinho aquela noite.

Assim, começou aquela que eu chamo, talvez erradamente, de a noite escura de Jesus.

Vejo essa noite e quero estar com ele. Penso em como seria bom ver muito além do ambiente, às vezes um tanto sombrio, e poder enxergar e estar unido com o coração de Jesus naquela noite.

Ali, ele começava a experimentar o peso da condição humana: pecadora, mortal, limitada. Em muitos sentidos, o coração dele foi abatido e ia se compadecendo da minha condição. Quando falo o peso da condição humana, falo do preço de todos os males, guerras, ódio, terror, desespero, morte, que ele precisava carregar junto com ele até tudo estar consumado na manhã seguinte.

Quero conhecer Jesus nesse seu sofrimento, e de alguma forma me unir com ele e confiar o cuidado da minha alma, da minha vida, somente a ele.

Escrevo pouco pare que pensemos mais nesta noite, sobre o que ele começou a sentir naquela noite, onde a dor no seu coração era tão grande, ao ponto de seu corpo mal aguentar e gotas de sangue saírem como suor de sua pele.

Que a escuridão daquela noite ilumine nossos corações e mentes e nos aproxime mais de Deus, sabendo que Pai, Filho e Espiríto Santo compartilharam dela, mas em silêncio e sacrifício.

Ótima noite, e que a sexta-feira seja de morrer para dar vida, e de recebermos vida completa.

Um forte abraço.
 
Noite escura

Caminhando em frente. Razões de existência.

Há um ano escrevi meu último post. Dia 1º de abril de 2009, “dia da mentira”. Hoje, exatamente um ano depois, volto a escrever pela razão que deu o nome inicial deste blog: a páscoa.

No início, pensei no nome “Conversas no Caminho”, com o sentimento de escrever sobre as aventuras e perplexidades que encaramos diariamente, mas antes de falar sobre isso precisava escrever sobre algo que havia grudado em minha mente: “o sentido esquecido da páscoa”. Por isso, veio o nome provisório de “No Caminho havia uma CRUZ”, como algo a me lembrar, a me perturbar sobre a necessidade de colocar as coisas em seu devido lugar.

Pretendo a partir de hoje até domingo escrever sobre isso. Convido você a me acompanhar nessa caminhada.

De início nada melhor que pensar um pouco sobre a paz: Paz Infinita!

"Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo dá. Não se perturbe nem se intimide vosso coração." Jesus (João cap. 14: vers. 27, Bíblia de Jerusálem)

"Procurai a paz com todos,..." Hebreus cap. 12: vers. 14, 1ª parte, Bíblia de Jerusálem

Bom dia e boa páscoa a todos.