terça-feira, 21 de maio de 2013

Cegueira

“Por que você repara no cisco que está no olho do seu irmão e não se dá conta da viga que está em seu próprio olho? Como você pode dizer ao seu irmão: ‘Deixe-me tirar o cisco do seu olho’, quando há uma viga no seu? Hipócrita, tire primeiro a viga do seu olho, e então você verá claramente para tirar o cisco do olho do seu irmão". (Mateus 7:3-5 NVI)

Lidar com defeitos nem sempre é fácil. Ao contrário, quando lidamos com os defeitos de alguém próximo percebemos como é difícil tratá-los.

Ao abordar esse assunto, logo lembramos de alguém que conhecemos. Um parente, um amigo, um colega de trabalho. E pensamos como essa pessoa é difícil.

Porém, todos nós somos seres humanos, e por isso mesmo, defeituosos em nossas atitudes e maneiras. Muitas vezes, queremos "ajudar" alguém, mas sequer percebemos - ou se percebemos não aceitamos - os nossos próprios defeitos.

Frequentemente, esperamos muito de outras pessoas, contudo não temos a mesma expectativa a nosso respeito. Isso se chama hipocrisia.

Talvez sejamos muito grosseiros, muito presunçosos, talvez uns sejam preguiçosos e outros teimosamente cautelosos. Não importa qual seja o defeito. O que dito pelo Mestre dos Mestres é algo muito sério, pois passamos boa parte das nossas vidas gastando energia em criticar, julgar e apontar os defeitos alheios, quando poderíamos bem utilizar todo esse esforço em "tirar a pedra do nosso próprio olho". Não que sozinhos consigamos, mas vale a pena focar primeiro em nossos próprios erros.

Nessa noite, o meu desejo e a minha oração é que a minha cegueira seja curada, a fim de que possa ver e, só depois, ajudar meu amigo e meu irmão com o espírito humilde e o coração leve, de quem sabe os espinhos que já teve que tirar de sua própria carne.

Convido você, caro leitor, a fazer assim como Bartimeu, que gritou: “Jesus, Filho de Davi, tem misericórdia de mim!”, e lhe disse: “Mestre, eu quero ver!” (Marcos 10:47 e 51 NVI).

E que você possa ouvir aquela voz suave a lhe dizer: "Vá a sua fé o curou".

Tenham todos uma ótima noite!

sábado, 22 de dezembro de 2012

No Caminho Havia uma CRUZ

Ele cresceu diante dele como um broto tenro e como uma raiz saída de uma terra seca. Ele não tinha qualquer beleza ou majestade que nos atraísse, nada havia em sua aparência para que o desejássemos. Foi desprezado e rejeitado pelos homens, um homem de dores e experimentado no sofrimento. Como alguém de quem os homens escondem o rosto, foi desprezado, e nós não o tínhamos em estima. Certamente ele tomou sobre si as nossas enfermidades e sobre si levou as nossas doenças; contudo nós o consideramos castigado por Deus, por Deus atingido e afligido. Mas ele foi traspassado por causa das nossas transgressões, foi esmagado por causa de nossas iniquidades; o castigo que nos trouxe paz estava sobre ele, e pelas suas feridas fomos curados. Todos nós, como ovelhas, nos desviamos, cada um de nós se voltou para o seu próprio caminho; e o Senhor fez cair sobre ele a iniquidade de todos nós. (Isaías 53:2-6 NVI)

Eis a Cruz no caminho! Eis o lugar onde o corpo do mestre foi partido e o seu sangue foi derramado por causa das nossas transgressões!

Aqui, ele, Jesus, nos convida: "A quem tiver sede, darei de beber gratuitamente da fonte da água da vida e quem tiver sede venha; e quem quiser beba de graça da água da vida" (Apocalipse 21:6 e 22:17 NVI)

A minha oração é que eu possa dizer, como Paulo, que "Quero conhecer Cristo, o poder da sua ressurreição e a participação em seus sofrimentos, tornando-me como ele em sua morte para, de alguma forma, alcançar a ressurreição dentre os mortos" (Filipenses 3:10, 11 NVI). E que eu seja encontrado por Ele, Deus, e seja lavado no sangue da nova e eterna aliança, e possa beber da água da vida que Deus nos dá de graça, mas antes é preciso passar pela Cruz, sem atalhos, sem retornos!

No meu caminho a Cruz se apresentou no dia 27/08/1999, e para você, caro leitor?

A partir daqui posso prosseguir, com nossas conversas no caminho de volta para casa do Pai!

Forte abraço a todos!

Luis Baridó

sábado, 17 de novembro de 2012

Amor imensurável

E disse-lhes: “Desejei ansiosamente comer esta Páscoa com vocês antes de sofrer. (Lucas 22:15 NVI)

Nosso amado mestre sabia que sua hora era chegada, não como a hora da morte que se apresenta para qualquer homem, mas como a hora de ser partido e derramado por causa de seu imensurável amor por nós!

Desejou ansiosamente nos resgatar. Ansiou imensamente acabar com toda separação entre nós e Deus de uma vez por todas!

O seu corpo foi partido e seu sangue foi derramado, em favor de todos nós!

Meu anseio nesta noite não é comer a Páscoa da saída do Egito, mas compartilhar da Eucaristia do pão e do vinho, do corpo e do sangue da nova aliança celebrada em Jesus Cristo!

Eu convido você, caro leitor, a compartilhar desse pão e beber desse vinho, a participar da nova aliança que nem olhos haviam visto, ouvido nenhum tinha escutado, nem mente alguma havia imaginado esse mistério chamado Jesus Cristo que Deus havia preparado para aqueles que o amam!

Boa noite!

Luis Baridó

quinta-feira, 1 de abril de 2010

Noite escura. Sofrendo “sozinho” no jardim.

"Disse-lhes então: 'A minha alma está profundamente triste, numa tristeza mortal. Fiquem aqui e vigiem comigo'." Mateus 26:38


Impossível voltar no tempo e reviver com Jesus esta noite tão difícil.

Mas penso constantemente em Jesus naquela noite onde se intensificaram os seus sofrimentos em favor de todos aqueles que querem de coração, e algumas poucas imagens surgem em minha cabeça.

Imagino uma quinta-feira à noite. A escuridão e o silêncio invadem aquele jardim chamado Getsêmani (que significa prensa de azeite). Jesus olha a sua volta e aqueles que acompanharam ele tanto tempo não estavam ali, junto com ele.

Ele teria que passar sozinho aquela noite.

Assim, começou aquela que eu chamo, talvez erradamente, de a noite escura de Jesus.

Vejo essa noite e quero estar com ele. Penso em como seria bom ver muito além do ambiente, às vezes um tanto sombrio, e poder enxergar e estar unido com o coração de Jesus naquela noite.

Ali, ele começava a experimentar o peso da condição humana: pecadora, mortal, limitada. Em muitos sentidos, o coração dele foi abatido e ia se compadecendo da minha condição. Quando falo o peso da condição humana, falo do preço de todos os males, guerras, ódio, terror, desespero, morte, que ele precisava carregar junto com ele até tudo estar consumado na manhã seguinte.

Quero conhecer Jesus nesse seu sofrimento, e de alguma forma me unir com ele e confiar o cuidado da minha alma, da minha vida, somente a ele.

Escrevo pouco pare que pensemos mais nesta noite, sobre o que ele começou a sentir naquela noite, onde a dor no seu coração era tão grande, ao ponto de seu corpo mal aguentar e gotas de sangue saírem como suor de sua pele.

Que a escuridão daquela noite ilumine nossos corações e mentes e nos aproxime mais de Deus, sabendo que Pai, Filho e Espiríto Santo compartilharam dela, mas em silêncio e sacrifício.

Ótima noite, e que a sexta-feira seja de morrer para dar vida, e de recebermos vida completa.

Um forte abraço.
 
Noite escura

Caminhando em frente. Razões de existência.

Há um ano escrevi meu último post. Dia 1º de abril de 2009, “dia da mentira”. Hoje, exatamente um ano depois, volto a escrever pela razão que deu o nome inicial deste blog: a páscoa.

No início, pensei no nome “Conversas no Caminho”, com o sentimento de escrever sobre as aventuras e perplexidades que encaramos diariamente, mas antes de falar sobre isso precisava escrever sobre algo que havia grudado em minha mente: “o sentido esquecido da páscoa”. Por isso, veio o nome provisório de “No Caminho havia uma CRUZ”, como algo a me lembrar, a me perturbar sobre a necessidade de colocar as coisas em seu devido lugar.

Pretendo a partir de hoje até domingo escrever sobre isso. Convido você a me acompanhar nessa caminhada.

De início nada melhor que pensar um pouco sobre a paz: Paz Infinita!

"Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou; não vo-la dou como o mundo dá. Não se perturbe nem se intimide vosso coração." Jesus (João cap. 14: vers. 27, Bíblia de Jerusálem)

"Procurai a paz com todos,..." Hebreus cap. 12: vers. 14, 1ª parte, Bíblia de Jerusálem

Bom dia e boa páscoa a todos.

quarta-feira, 1 de abril de 2009

Dia da Mentira: a farra do povo! 365 dias de mentira a opressão dos Donos do Poder!

 

Num país onde os Donos do Poder mandam e desmandam da maneira que bem entendem um dia da mentira até que vem a calhar.

Parece que todos os paus-mandados, toda a corja de trabalhadores maltrapilhos (da qual faço parte) recebe licença para fazer, em um dia, um único dia do ano, aquilo que os nossos Poderosos Chefões sempre tiveram a “legitimidade” para fazer, desde os remotos tempos de Pedro Álvares Cabral!

Sejamos honestos! Neste dia a única coisa que fazemos é enchovalhar a polidez europeiamente correta que nossos queridos e poderosos canalhas tanto festejam!

Já que não podemos lutar com as armas de fogo, fazemos troça da cara dessa gente que desde 1500 sobe nos lombos dos serviçais e nas saudosas palavras de Machado diz: “Anda besta!” – Eis o garotinho Brás Cubas. Eis os nossos medalhões!

Um “Viva!” as nossas elites e para esse dia especial, quando os surrados podem achar que mentem e se dão bem, ou seja, um verdadeiro dia da mentira.

Mas não desanimem leitores, afinal, hoje é 1º de abril e tudo isso que acabo de dizer é mentira!

Uma boa semana! DE VERDADE!

terça-feira, 15 de maio de 2007

A paz, mas que paz?

Luis Baridó

Estava eu dia desses na entrada de uma das muitas e muitas faculdades que povoam esse nosso Brasil brasileiro. E vi ali na parede de entrada as seguintes palavras:

Senhor: Fazei de mim um instrumento de vossa Paz!
Onde houver Ódio, que eu leve o Amor,
Onde houver Ofensa, que eu leve o Perdão.
Onde houver Discórdia, que eu leve a União.
Onde houver Dúvida, que eu leve a Fé.
Onde houver Erro, que eu leve a Verdade.
Onde houver Desespero, que eu leve a Esperança.
Onde houver Tristeza, que eu leve a Alegria.
Onde houver Trevas, que eu leve a Luz!
Ó Mestre,
fazei que eu procure mais.
Consolar, que ser consolado.
Compreender, que ser compreendido.
Amar, que ser amado.
Pois é dando, que se recebe.
Perdoando, que se é perdoado e
é morrendo, que se vive para a vida eterna!
Amém
De todo o meu coraçao meu grande mestre.

Ali, na parede do lugar onde nossos mais brilhantes cidadãos se esforçam pelo progresso do país e do mundo, dia e noite, e porque não dizer a tarde também. Todos eles, formados pela escola, anote aí na caderneta, mais de 15 anos de formação pelas fileiras escolares e da universidade tem cada uma daquelas pessoas que passavam na minha frente, rumo as aulas, provas, seminários. Enfim, esses que ouvimos todos os dias serem os portadores da capacidade de pacificar a sociedade e transformar o Brasil num país mais justo, igualitário e pacífico.
Dizem isso, os homens nas ruas, as mães nas filas dos bancos, e ouvimos nas bocas dos idosos, ou no politicamente corretês, os da melhor idade. Todos formam um coro só: "Estude se você quiser ser alguém na vida e se quiser mudar esse mundo!". Que fique bem claro, que nada tenho contra o estudo, eu mesmo tenho mais de 20 anos de estudo formal, e mal não me fez.
Porém, o que digo é que só estudo não basta. Aquelas palavras na parede da faculdade ficaram na minha cabeça. É uma oração. Oração atribuída ao homem de Assis, mais conhecido como São Francisco de Assis. Ela propõe uma mudança interna. Mudança que começa dentro do homem que se propõe a fazer a paz. E me lembra muito a frase de um amigo, que estudou comigo na faculdade, ele dizia: "Para mudarmos a cultura de um país, temos que mudar primeiro a cultura dentro de nós mesmo!". É isso a que se propõe o autor dessa oração, que é muito mais do que palavras a serem admiradas, mas atitudes a serem refletidas e quem sabe praticadas.
Proponho uma reflexão sobre a oração da paz, e pretendo nos próximos dias e semanas escrever um pouco mais sobre ela, sobre as fortes proposições que ela invoca e requer de um ser humano.
Ser instrumento da paz requer esforço, muitas vezes esforço sobre-humano.
Termino questionando a mim mesmo e minhas intenções: "Quero eu ser um instrumento da paz?" e "De que paz pretendo ser instrumento?"
Fiquem todos em paz!